A vasectomia é um procedimento cirúrgico que visa interromper a circulação de espermatozóides através do ducto deferente. Dessa forma, é possível impedir que os espermatozóides sejam eliminados no sêmen durante a ejaculação.
No entanto, apesar de bastante segura e eficaz, a vasectomia ainda gera muitas dúvidas entre os homens. Nesse contexto, mitos sobre impotência sexual, perda da masculinidade e ejaculação precoce ainda são muito comuns.
“A vasectomia impede o homem de ter filhos, mas não muda em nada a sua masculinidade. Essa cirurgia não interfere na produção dos hormônios masculinos, nem no desempenho sexual.” – Dr. Sander Tessaro, Médico Urologista (CRM/SC 16.006 – RQE 13.373).
Como é realizada a vasectomia?
A vasectomia não é um procedimento complexo. Após a decisão pelo procedimento, o paciente deve realizar uma consulta com o Médico Urologista, que irá solicitar também alguns exames pré-operatórios. Depois de avaliados, o paciente é encaminhado para a cirurgia.
No dia do procedimento cirúrgico, não é necessário realizar jejum. Após a anestesia, os médicos realizam pequenas incisões nas laterais do saco escrotal. Assim, é possível ter acesso aos canais que conduzem os espermatozóides.
“Uma vez localizado o ducto deferente que leva os espermatozóides, o médico realiza a secção do canal deferente associado à ligadura e eversão dos cotos.” – Dr. Roberto Kinchescki, Médico Urologista (CRM/SC 15.903 – RQE 13.753).
Mitos e Verdades
Vimos que a vasectomia não é um procedimento complexo. Ela é bastante segura e eficaz. Abaixo, falaremos de cinco grandes mitos que ainda são bastante comuns entre os pacientes.
1. A vasectomia pode causar dificuldades de ereção?
Não. A vasectomia não interfere nos nervos que provocam a ereção.
2. A vasectomia pode me fazer perder o desejo sexual?
Não. A vasectomia não interfere na produção, nem na circulação dos hormônios sexuais masculinos, como a testosterona.
3. A vasectomia reduz a quantidade de sêmen ejaculado?
A diferença é imperceptível. Cerca de 1% a 3% do sêmen ejaculado pelos homens é produzido nos testículos. A maior parte, cerca de 98% desse líquido, é produzido pela próstata. A vasectomia não interfere na função prostática.
4. A vasectomia é reversível?
Tecnicamente, sim. Mas a taxa de sucesso na cirurgia de reversão da vasectomia varia bastante.
“Em linhas gerais, quanto mais tempo passar desde que o paciente fez a vasectomia, menores as chances de sucesso da reversão.” – Dr. Pedro Geraldo Junior, Médico Urologista (CRM/SC 23.189 – RQE 14.074).
Além disso, a cirurgia de reversão de vasectomia tende a ser mais complexa do que a cirurgia original.
5. A vasectomia pode não funcionar?
“Recomendamos que os pacientes que realizaram a vasectomia mantenham as medidas contraceptivas pelos 2 primeiros meses seguintes. Após este período, ele deverá realizar um espermograma para confirmar a eficiência do procedimento.” – Dr. Sander Tessaro, Médico Urologista (CRM/SC 16.006 – RQE 13.373).
Faça a vasectomia com uma equipe de profissionais experientes e qualificados. Os especialistas do Instituto Catarinense de Urologia e Cirurgia Digestiva (Urocad) podem lhe ajudar. Conte conosco!
Sobre os autores:
Dr. Pedro Geraldo Junior é graduado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especializou-se e concluiu residência em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José e em Urologia no Instituto Mario Penna. É membro efetivo da Sociedade Brasileira de Urologia, da American Urology Association, da Internacional Society for Sexual Medicine e da European Association of Urology.
Dr. Roberto Kinchescki é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especializou-se e concluiu residência em Urologia no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Com passagens e atendimento na esfera pública e privada, sua marca é o aprimoramento de técnicas e procedimentos para uma melhor qualidade de vida, sempre em contato com o bem-estar e o contexto humano de cada paciente.
Dr. Sander Tessaro é graduado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Especializou-se e concluiu residência em Urologia em São Paulo/SP pelo Hospital Santa Marcelina. Dedicou parte dos seus estudos na Cleveland Clinic (Estados Unidos) onde realizou fellowship em Cirurgia Minimamente Invasiva e Endourologia. É membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro Internacional da American Urology Association e da European Association of Urology. Sua atuação é pautada pela busca de soluções efetivas aos seus pacientes, atendendo-os de forma humanizada e individual.