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Verrugas Genitais, HPV e Crioterapia

Verrugas Genitais, HPV e Crioterapia

As verrugas genitais não doem, não coçam, mas podem ser bastante incômodas e levar a problemas graves de saúde. Na maior parte das vezes, as verrugas genitais são provocadas pelo papilomavírus humano (HPV). Ele é transmitido diretamente pelo contato com a pele e as mucosas de pessoas infectadas. 

“A principal forma de transmissão do HPV é pela via sexual. Isso inclui os contatos oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim, as verrugas genitais podem surgir não só no pênis ou na bolsa testicular, mas também na cavidade oral, por exemplo. Nem mesmo o uso de camisinhas protege 100% contra o HPV.” – Dr. Pedro Geraldo Junior, Médico Urologista (CRM/SC 23.189 – RQE 14.074).

Sintomas

O HPV acomete homens e mulheres. Uma vez infectado, mesmo sem as verrugas genitais, o paciente permanece com o vírus. E esse é um ponto muito importante a ser observado para a prevenção de problemas ainda mais severos.

As verrugas genitais são o principal sintoma da doença.

“Dependendo da evolução e das condições de saúde gerais do paciente, a doença pode permanecer em estado latente, subclínico ou vir a manifestar-se clinicamente. Além disso, as verrugas genitais podem ter diferentes tamanhos e estarem em locais de difícil visualização. Os pacientes podem ter relações sexuais com pessoas infectadas e não perceberem.” – Dr. Roberto Kinchescki, Médico Urologista (CRM/SC 15.903 – RQE 13.753).

Riscos para a saúde

Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV. Aproximadamente 40 deles podem infectar o trato ano-genital. Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, com maior risco de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras.

Nos últimos anos, a popularização do sexo oral fez com que o HPV, mais comum nas regiões genital e anal, passassem a ser encontrados também na mucosa oral de muitos pacientes.

Junto a isso, os estudos mostram um aumento significativo nos casos de câncer de cavidade oral. O cigarro é apontado como a principal causa dos tipos de câncer de boca e garganta. No entanto, o aumento acontece justamente entre os não fumantes. E o HPV é apontado como um dos principais possíveis responsáveis por isso.

Dessa forma, torna-se ainda mais importante uma avaliação com médico especialista de lesões orais, tais como otorrinolaringologista ou cirurgião de cabeça e pescoço.  

Nas mulheres, além dos riscos citados acima, o HPV também está relacionado ao câncer de colo de útero. Por isso, é fundamental que as mulheres sexualmente ativas façam acompanhamento periódico e todos os exames necessários com o Médico Ginecologista.

Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos casos de câncer de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar.  

Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais, são considerados não oncogênicos.

Diagnóstico das verrugas genitais

O diagnóstico do HPV costuma ser clínico. O paciente deve procurar o seu Médico Urologista, que irá examinar as verrugas genitais e encaminhar o melhor tratamento para cada caso.

“Biópsias e exames de laboratório costumam ser solicitados apenas em casos de lesões atípicas ou em que o paciente apresenta histórico persistente de recidivas.” – Dr. Pedro Geraldo Junior, Médico Urologista (CRM/SC 23.189 – RQE 14.074).

Tratamento para as verrugas genitais

Uma vez infectado, o paciente convive com o vírus do HPV pelo resto da vida. E isso pode fazer com que o tratamento das verrugas genitais possa ser necessário mais de uma vez. 

As formas comuns de tratamento para as verrugas genitais envolvem:

No entanto, existe uma forma moderna, eficaz, rápida e indolor de tratamento para as verrugas genitais: A CRIOTERAPIA. 

Crioterapia no tratamento das Verrugas Genitais

A crioterapia é realizada em consultório e leva cerca de 5 minutos. Nessa técnica, o médico utiliza nitrogênio líquido para congelar as verrugas genitais e fazer com que elas sejam eliminadas pelo organismo naturalmente.

Tudo isso com ínfima dor e sem a necessidade de anestesias.

“Após a crioterapia, o local fica levemente avermelhado. Em alguns dias, a pele se renova, cicatriza e a lesão desaparece.” – Dr. Sander Tessaro, Médico Urologista (CRM/SC 16.006 – RQE 13.373). 

“A crioterapia não tem contraindicação. Ela pode ser utilizada inclusive em lesões maiores e nos casos em que os pacientes sofrem com recidivas constantes.” – Dr. Sander Tessaro, Médico Urologista (CRM/SC 16.006 – RQE 13.373).

Vale ressaltar que, por não existir cura para o HPV, as verruga genitais podem reaparecer, dependendo do estado de saúde e da imunidade dos pacientes. Por isso, a melhor forma de lidar com a doença é através da prevenção.

Vacina contra o HPV

As vacinas contra o HPV têm como objetivo evitar as infeções contra alguns dos principais subtipos de papilomavírus. Hoje, elas podem ser encontradas em dois tipos:

No Sistema Único de Saúde (SUS), a campanha de vacinação contra o HPV é realizada em duas doses e direcionada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

Converse com o seu médico sobre o HPV e previna-se. Se precisar de ajuda, conte com a equipe de Urologistas da UROCAD para o diagnóstico e tratamento das verrugas genitais. Entre em contato

Sobre os autores:

Dr. Pedro Geraldo Junior é graduado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especializou-se e concluiu residência em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José e em Urologia no Instituto Mario Penna. É membro efetivo da Sociedade Brasileira de Urologia, da American Urology Association, da International Society for Sexual Medicine e da European Association of Urology.

Dr. Roberto Kinchescki é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especializou-se e concluiu residência em Urologia no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Com passagens e atendimento na esfera pública e privada, sua marca é o aprimoramento de técnicas e procedimentos para uma melhor qualidade de vida, sempre em contato com o bem-estar e o contexto humano de cada paciente.

Dr. Sander Tessaro é graduado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense. Especializou-se e concluiu residência em Urologia em São Paulo/SP pelo Hospital Santa Marcelina. Dedicou parte dos seus estudos na Cleveland Clinic (Estados Unidos) onde realizou fellowship em Cirurgia Minimamente Invasiva e Endourologia. É membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e Membro Internacional da American Urology Association e da European Association of Urology. Sua atuação é pautada pela busca de soluções efetivas aos seus pacientes, atendendo-os de forma humanizada e individual.

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